Seja Bem Vindo, Este blog é Dedicado aos Profissionais de Enfermagem, Apresentando Experiências, Informações e Capacitação

quarta-feira, 2 de março de 2011

Cuidados com a alimentação e hidratação do cliente/paciente


Como sabemos, a alimentação é essencial para nossa saúde e bem-estar. O estado nutricional interfere diretamente nos diversos processos orgânicos como, por exemplo, no crescimento e desenvolvimento, nos mecanismos de defesa imunológica e resposta às infecções, na cicatrização de feridas e na evolução das doenças. A subnutrição - conseqüente de alimentação insuficiente, desequilibrada ou resultante de distúrbios associados à sua assimilação – vem cada vez mais atraindo a atenção de profissionais de saúde que cuidam de pacientes ambulatoriais ou internados em hospitais, certos de que apenas a terapêutica medicamentosa não é suficiente para se obter uma resposta orgânica satisfatória.

O profissional de enfermagem tem a responsabilidade de acompanhar as pessoas de quem cuida, tanto no nível domiciliar como no hospitalar, preparando o ambiente e auxiliando-as durante as refeições. É importante verificar se os pacientes estão aceitando a dieta e identificar precocemente problemas como a bandeja de refeição posta fora do alcance do mesmo e sua posterior retirada sem que ele tenha tido a possibilidade de tocá-la - fato que se observa com certa freqüência. Os motivos desse tipo de ocorrência são creditados ao insuficiente número de pessoal de enfermagem e ou ao envolvimento dos profissionais com atividades consideradas mais urgentes. Além de causas estruturais como a falta de recursos humanos e materiais, evidenciam- se valores culturais fortemente arraigados no comportamento do profissional, como a supervalorização da tecnologia e dos procedimentos mais especializados, o que, na prática, se traduz em dar atenção, por exemplo, ao preparo de uma bomba de infusão ou material para um curativo, ao invés de auxiliar o paciente a alimentar-se. Coincidentemente, os horários das refeições se aproximam do início e término do plantão, momentos em que há grande preocupação da equipe em dar continuidade ao turno anterior ou encerrar o turno de plantão, aspecto que representa motivo adicional para o .abandono. do paciente. No entanto, os profissionais não devem eximir-se de tal responsabilidade, que muitas vezes compromete os resultados do próprio tratamento.

Cuidados gerais no processo de alimentação e hidratação:

  • O profissional de enfermagem deve ter consciência da importância do estado nutricional para a recuperação do cliente/paciente
  • O profissional de enfermagem deve notificar o SND das admissões, transferências, altas e óbitos de clientes/pacientes, bem como das alterações dietéticas prescritas pelo médico
  • Comunicar solicitações alimentares dos clientes ocorridas fora dos horários de visita do SND
  • Manter entrosamento constante com o SND, informando eventuais anormalidades e observações gerais relativas ao cliente durante as refeições. O bom relacionamento entre a equipe de enfermagem e o SND é importante para que o processo de alimentação e hidratação sejam de maneira adequada, proporcionando benefícios para o cliente e para a equipe
  • O profissional de enfermagem deve manter condições ambientais adequadas, que estimulem a aceitação alimentar
  • Certificar-se de que s portadores de prótese dentária as estejam usando durante a refeição
  • Providenciar ambiente tranqüilo
  • Colocar a bandeja de refeição ao alcance do cliente
  •  Os pacientes impossibilitados de alimentarem-se sozinhos devem ser assistidos pela enfermagem, a qual deve providenciar os cuidados necessários de acordo com o grau de dependência existente. Por exemplo, visando manter o conforto do paciente e incentivá-lo a comer, oferecer-lhe o alimento na boca, na ordem de sua preferência, em porções pequenas e dadas uma de cada vez.
  • Ao término da refeição, servir-lhe água
  • Anotar a aceitação da dieta no prontuário: hora da alimentação, tipo de dieta, aceitação da dieta, reações do paciente e alterações observadas.
  • Durante o processo, proteger o tórax do paciente com toalha ou guardanapo, limpando-lhe a boca sempre que necessário, são formas de manter a limpeza.
  • Evitar interromper a alimentação do paciente para qualquer outro cuidado
  • Os alimentos quentes devem ser servidos quentes e frios, servidos frios
  • Servir os alimentos em pequenas porções, dando ao paciente oportunidade de repetir e saborear o alimento
  • Adequar os alimentos as condições de mastigação
  • Ao final, realizar a higiene oral.
  • Visando evitar que o paciente se desidrate, a enfermagem deve observar o atendimento de sua necessidade de hidratação. Desde que não haja impedimento para que receba líquidos por via oral, cabe ao Serviço de Nutrição e Dietética fornecer água potável em recipiente apresentável e de fácil limpeza, com tampa, passível de higienização e reposição diária, para evitar exposição desnecessária e possível contaminação.
  • Nem sempre os pacientes atendem adequadamente à necessidade de hidratação, por falta de hábito de ingerir suficiente quantidade de água . fato que, em situações de doença, pode levá-lo facilmente à desidratação e desequilíbrio hidroeletrolítico. Considerando tal fato, é importante que a enfermagem o oriente e incentive a tomar água, ou lhe ofereça auxílio se apresentar dificuldades para fazê-lo sozinho. A posição sentada é a mais conveniente, porém, se isto não for possível, deve-se estar atento para evitar aspiração acidental de líquido.
  • Dietas por sondas ou ostomias, devem ser administradas respeitando o horário de intervalo entre uma e outra e a hidratação, bem como manter cuidados gerais na manipulação das sondas. Também devem ser anotadas no prontuário conforme descrito acima.

Fatores que favorecem a digestão e assimilação dos alimentos

  • Boa aparência e cheiro agradável dos alimentos;
  • Preferências individuais
  • Ausência de maus odores
  • Ambiente agradável, calmo e limpo
  • Ausência de fadiga física e mental
  • Regularidade nom horário das refeições;
  • Posição cômoda
  • Adequação às necessidades e condições do paciente.


TÉCNICA DE ALIMENTAÇÃO

Cliente deambulando e capaz de alimentar-se sozinho

  • Lavar as mãos
  • Posicionar mesa de refeição com a bandeja da dieta
  • Checar a dieta correta
  • Seguir todos os cuidados gerais descritos acima
  • Realizar anotação de enfermagem no prontuário do cliente: hora da alimentação, tipo de dieta, aceitação da dieta, reações do paciente e alterações observadas.

Cliente acamado, capaz de alimentar-se sozinho

  • Lavar as mãos
  • Posicionar mesa de refeição com a bandeja da dieta
  • Checar a dieta correta
  • Ajudar o paciente a senta-se
  • Proteger tórax
  • Colocar o prato, copo e talheres ao seu alcance, cortar a carne e o pão, se for necessário
  • Caso o paciente recusar a refeição ou deixar de comer alimentos adequados à sua dieta, persuadi-lo explicando-lhe o valor dos mesmos
  • Terminada a refeição, oferecer-lhe água
  • Remover a bandeja
  • Oferecer material para higiene oral e lavar as mãos
  • Deixar o paciente confortável e a unidade em ordem
  • Realizar anotação de enfermagem no prontuário do cliente: hora da alimentação, tipo de dieta, aceitação da dieta, reações do paciente e alterações observadas..

Cliente acamado, incapaz de alimentar-se sozinho

  • Lavar as mãos
  • Posicionar mesa de refeição com a bandeja da dieta
  • Checar a dieta correta
  • Colocar o paciente em posição de fowler, se não houver contra-indicação
  • Proteger tórax
  • Servir pequena quantidade de alimento de cada vez e, se estimular o paciente a aceitar toda a refeição;
  • Se o paciente estiver impossibilitado de ver, descrever-lhe os alimentos antes de começar a alimentá-lo;
  • Limpar a boca do paciente, sempre que necessário
  • Terminada a refeição, oferecer-lhe água
  • Remover a bandeja
  • Fazer a higiene oral do cliente e deixa-lo confortável e a unidade em ordem
  • Realizar anotação de enfermagem no prontuário do cliente: hora da alimentação, tipo de dieta, aceitação da dieta, reações do paciente e alterações observadas.

Referências Bibliográficas:

BORSOI, M.A. Nutrição e dietética: noções básicas. 2.ed. São Paulo: Editora Senac, 1995.

MOZACHI, N. et al. Cuidados Gerais. In: SOUZA, V.H.S.; MOZACHI, N. O Hospital: manual do ambiente hospitalar. 7.ed. Curitiba: Os autores, 2007. Cap.4. p.42 a 54.

PIANUCCI, A. Saber cuidar: procedimentos básicos em enfermagem. 13.ed. São Paulo: Editora Senac, 2008.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação na Saúde. Projeto de Profissionalização dos Trabalhadores da Área de Enfermagem. Profissionalização de auxiliares de enfermagem: cadernos do aluno: fundamentos de enfermagem /2. ed. rev. 1.a reimpr. - Brasília: Ministério da Saúde; Rio de Janeiro: Fiocruz, 2003.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

SISTEMA ESQUELÉTICO

Vamos falar desse assunto que é osso?

Antes de qualquer coisa, para entender melhor do assunto, vamos ver o que vem ser anatomia, posição anatômica e planos anatômicos.

Anatomia, nada mais é que a ciência que estuda a estrutura do corpo dos seres vivos seja ela macroscópica ou microscópica.

A posição anatômica vem a ser a postura do corpo para descrever as posições dos órgãos, osso e demais componentes do corpo humano, onde o corpo estudado deve ficar ereto (de pé), face voltada para frente com olhar dirigido para o horizonte, membros superiores pendentes com as palmas das mãos voltadas para frente e membros inferiores unidos, com as pontas dos pés dirigidas para frente, feito isso o corpo na posição anatômica pode ser dividido em planos anatômicos.



Cranial ou superior; dorsal ou posterior; lateral esquerdo ou direito;





As secções dos planos anatômicos são:

  • PLANO SAGITAL: divide em duas metades verticalmente (direito e esquerdo).
  • PLANO SAGITAL MEDIANO: também verticalmente, passando pela linha mediana do corpo dividindo em duas metades simétricas.
  • PLANO CORONAL OU FRONTAL: divide o corpo em porções anterior e posterior na vertical.
  • PLANO HORIZONTAL OU TRANSVERSAL: divide em porções superior e inferior na horizontal.

Agora sim, sabendo mais do assunto de anatomia podemos voltar para o esqueleto.

O osso é formado por um tipo de tecido conjuntivo (tecido ósseo), possuindo vasos sanguíneos e nervos, podendo crescer e se recuperar de um trauma.

O esqueleto humano adulto tem aproximadamente 206

ossos, podendo variar em algumas situações.

A função do esqueleto vem a ser de sustentação; proteção de alguns órgãos internos; armazenamento de minerais (principalmente cálcio e fósforo); produção de células sanguíneas através da medula óssea; homeostase de acido-base (mantém equilíbrio, absorvendo sais alcalinos) e também serve de apoio para os músculos.

TIPOS DE OSSOS

Em relação ao formato do osso, existem três tipos principais de osso.

  • OSSOS LONGOS: quando o comprimento do osso é maior que a largura e espessura, formada de tecido ósseo compacto (diáfise) e tecido ósseo esponjoso (epífise e metáfise). EX: fêmur
  • OSSOS CURTOS: equivalem as mesmas dimensões (comprimento, largura e espessura) formando um osso mais ou menos cúbico. EX: metacarpos
  • OSSOS LAMINARES OU PLANOS OU CHATOS: ossos finos, que o comprimento e a largura predominam a espessura. EX: escápula
  • OSSOS IRREGULARES: não há forma geométrica definida. EX: vértebras
  • OSSOS PNEUMÁTICOS: ossos ocos, denominados seios. EX: esfenóide
  • OSSOS SESAMÓIDES: ossos que desenvolvem na substância de certos tendões ou na cápsula fibrosa que envolve certas articulações, como por exemplo, a patela.

DIVISÃO DO ESQUELETO

O esqueleto pode ser divido em:

  • ESQUELETO AXIAL: cabeça, coluna vertebral e caixa torácica.
  • ESQUELETO APENDICULAR: membros superiores (braços, antebraços e mãos) e membros inferiores (pélvis, coxa, perna e pé).

REFERÊNCIAS:

ZORZI, R.; STARLING, I.G. Corpo Humano: órgãos, sistemas e funcionamento. Rio de Janeiro: Senac Nacional, 2010.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Posi%C3%A7%C3%A3o_anat%C3%B4mica

http://pt.wikipedia.org/wiki/Osso

http://www.google.com.br/imghp?hl=pt-br&tab=wi

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Unidade do Cliente - Limpeza Terminal e Concorrente


A unidade do cliente é aquela ocupada por ele, constituída basicamente de mesa de refeições, escadinha, cama, travesseiro, criado-mudo, suporte de soro e cadeira. Todo o espaço físico, imobiliário e equipamentos necessários para a acomodação do cliente durante a sua internação constituem a unidade do cliente.
A cama deve conter mecanismo para poder ser abaixada e levantada. Em algumas instituições é ajustada por controle elétrico para que o cliente possa manuseá-la sem gastar muita energia.
As camas devem possuir sistemas que permita assumir diversas posições para auxiliar no tratamento do cliente ou facilitar a realização dos inúmeros procedimentos.
Devem dispor de acessórios de segurança: cabeceira removível, rodas com travas e grades.

Limpeza da Unidade do Cliente

A limpeza visa promover o bem estar do cliente e principalmente protegê-lo de possíveis infecções.Existem dois procedimentos distintos relacionados à limpeza da unidade: limpeza concorrente e terminal, ambas realizadas pela enfermagem. Muitas instituições de saúde já têm implantado o serviço de hospitalidade (hotelaria). É o caso da camareira hospitalar, que tem como atribuição principal efetuar limpezas concorrentes e terminais da unidade de internação, exceto limpeza de equipamentos.

LIMPEZA CONCORRENTE: limpeza diária com água e sabão ou detergente próprio, objetivando proporcionar o bem estar do cliente e diminuição de infecção. A limpeza concorrente ocorre uma duas vezes ao dia, ou quando necessário, na unidade do cliente. Devemos lembrar que cada instituição tem a sua rotina, que deve ser obedecida.

LIMPEZA TERMINAL : limpeza ou desinfecção da unidade do cliente reduzindo sujidade e infecção. É feita após transferências, altas, internação prolongada do cliente no mesmo ambiente (cada sete ou quinze dias) e óbitos. Consiste na limpeza da cama, colchão, estrados da cama, travesseiro, mobiliário e equipamentos.

Importante revisar alguns termos:

Limpeza: remoção de microrganismos e sujidades em qualquer superfície e em objetos, realizado com a aplicação de água e sabão ou detergente e por ação mecânica. Para que um artigo possa passar por um processo de desinfecção e esterilização, os ,mesmos devem previamente serem limpos.

Desinfecção: processo físico ou químico pelo qual são destruídos microrganismos em sua forma vegetativa, menos os esporos, em objetos e superfícies.
Descontaminação44: processo para reduzir o número de microrganismos para tornar seguro o manuseio.
Esterilização: processo de agentes químicos ou físicos em que todas as formas de vida microbiana, vegetativas e esporuladas são destruídas.
Matéria orgânica: sangue, pus, líquor, tecidos, secreções.
Anti-sepsia: processo de eliminação ou inibição do crescimento de microrganismos na pele e nas mucosas, menos esporos. É o emprego de substâncias anti-sépticas, como por exemplo, antes da passagem de SVD, punção venosa, etc.
Assepsia: Conjunto de medidas adotadas para evitar a chegada de microrganismos a local que não os contenha. Ausência de microrganismos ou de impurezas.
Anti-sépticos: soluções de baixa causticidade e hipoalergênicos; classificados como bacteriostáticos e bactericidas. Ex: álcool a 70%, PVPI, Clorexidina, etc.
Desinfetantes: Substâncias que destroem os microrganismos vegetativos, empregados em objetos e superfícies. Ex: álcool a 70%, Hipoclorito de sódio, glutaraldeído, etc.
Detergentes: solução que tem como objetivo limpar por meio da redução da tensão superficial, dispersão, suspensão e emulsificação da sujeira.
Artigos Críticos: equipamentos ou materiais que entram na pele, em mucosas, tecidos estéreis ou no sistema vascular do cliente. Exemplo: cateteres.
Artigos semicríticos: que tem contato com pele não íntegra, membranas e mucosas íntegras. Exemplo: equipamentos respiratórios.
Artigos não críticos: contato com pele íntegra, mas não com mucosas. Exemplo: aparelho de pressão.
Áreas Críticas: risco potencial de adquirir infecções. Ex: UTI, sala de parto, sala de cirurgia, CME, etc.
Áreas Semi-Críticas: ocupadas por clientes com doenças de baixa transmissibilidade e doenças não infecciosas. Ex: Enfermarias.
Áreas não-críticas: áreas não ocupadas por pacientes: Ex: administração, diretoria, etc.

Limpeza Terminal

Objetivos:

Preparar para receber outro paciente diminuindo os riscos de infecção cruzada e proporcionar conforto e segurança ao paciente, mantendo o ambiente limpo e agradável.

Material:

  • Hamper
  • Luvas de procedimentos
  • Baldes/ Bacias
  • Água, sabão ou solução desinfetante padronizado pela instituição
  • Panos de limpeza
  • Saco de Lixo

Procedimentos:

1. Lavar as mãos
2. Reunir o material e encaminhar ao quarto
3. Arejar o ambiente mantendo as janelas abertas
4. Retirar pertences desnecessários ( biombo, ambú, umidificador, etc.)
5. Encaminhar comadre e papagaio
6. Retirar roupas de cama colocando no Hamper. Atentar para presença de
material perfurocortante
7. Preparar o material – bacia com água e sabão e/ou produto padronizado na
instituição colocando na escada ou em carrinho auxiliar
8. Limpar mesa de refeição – menos os pés
9. Limpar a mesa de cabeceira nas partes externas e internas – menos os pés
10.Limpar suporte de soro – menos os pés
11.Limpar a cadeira – menos os pés
12.Limpar uma face do travesseiro e colocar sobre a cadeira (limpo com limpo) e limpar a outra face
13.Limpar a superfície do colchão que fica em contato com o cliente iniciando pela parte superior (metade/metade) e as suas laterais. Abaixar as grades para facilitar
14.Dobrar o colchão no sentido cabeceira/pés e limpar o lado oposto superior do colchão, estrado, lateral da cama e painel da cabeceira
15.Inverter a posição do colchão no sentido pés/cabeceira e limpar o lado oposto inferior do colchão, estrados, lateral da cama, painel dos pés e manivelas
16. Limpar as grades
17.Limpar pés da mesa de refeição, mesa de cabeceira, suporte de soro, cadeira e cama
18.Limpar escada
19.Recolher o material e encaminhar ao expurgo
20. Manter unidade em ordem
21.Retirar luvas e lavar as mãos
22.Solicitar limpeza terminal do quarto
23.Proceder arrumação da cama.

Importante:

-A limpeza deve ser realizada em sentido único
-Seguir seqüência de limpeza não sujando áreas já limpas
-Trocar água sempre que necessário

Limpeza Concorrente

Objetivos:

Proporcionar conforto e segurança, mantendo o ambiente limpo e agradável e minimizar infecção

Material:

  • Hamper
  • Luvas de procedimentos
  • Baldes/ Bacias
  • Água, sabão ou solução desinfetante padronizado pela instituição
  • Panos de limpeza
  • Saco de Lixo

Procedimentos:

A seqüência da limpeza concorrente deve seguir a mesma da limpeza terminal, porém o profissional avaliará, no determinado momento, o que será possível .
1. Lavar as mãos
2. Reunir o material e encaminhar ao quarto
3. Explicar ao cliente o procedimento
4. Retirar objetos da mesa de refeição e da mesa de cabeceira
5. Limpar mesa de refeição
6. Limpar mesa de cabeceira
7. Limpar suporte de soro
8. Limpar cadeira
9. Limpar travesseiro
10.Limpar colchão na parte superior e lateral e parte do estrado que fica exposta
11.Limpar painel da cabeceira e dos pés
12.Limpar grades
13.Considerar a necessidade da limpeza da escada
14.Encaminhar material ao expurgo e deixar a unidade em ordem
15.Retirar luvas e lavar as mãos
16.Realizar arrumação de cama.



Referências Bibliográficas:

SILVA, C.R.L.da, et al. Fundamentos de Enfermagem. In: FIGUEIREDO, N.M.A. de; VIANA, D.L; MACHADO, W.C.A. Tratado Prático de Enfermagem. 2.ed. São Caetano do Sul: Yendis Editora, 2008. v.1. cap.13. p. 365-488.


PIANUCCI, A. Saber cuidar: procedimentos básicos em enfermagem.11.ed. São Paulo: Editora Senac, 2007.


sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Processamento de artigos hospitalares


Descontaminação, é o processo que visa destruir microrganismos patogênicos, utilizado em artigos contaminados ou em superfície ambiental, tornando-os, conseqüentemente, seguros ao manuseio.
Pode ser realizada por processo químico, no qual os artigos são imersos em solução desinfetante antes de se proceder a limpeza; por processo mecânico, utilizando-se máquina termodesinfectadora ou similar; ou por processo físico, indicando-se a imersão do artigo em água fervente durante 30 minutos
A limpeza é o ato de remover a sujidade por meio de fricção e uso de água e sabão ou soluções detergentes. Há várias fórmulas de detergentes disponíveis no mercado, variando do neutro a específicos para lavadoras. Ainda nesta classificação, podemos apontar os enzimáticos utilizados para limpeza de artigos por imersão, bastante recomendados, atualmente, por sua eficácia na limpeza - são capazes de remover a matéria orgânica da superfície do material em tempo inferior a 15 minutos (em média, 3 minutos), não danificam os artigos e são atóxicos e biodegradáveis.
Limpar é procedimento que deve sempre preceder a desinfecção e a esterilização; quanto mais limpo estiver o material, menor a chance de falhas no processo. A matéria orgânica, intimamente aderida ao material, como no caso de crostas de sangue e secreções, atua como escudo de proteção para os microrganismos, impedindo que o agente desinfetante/esterilizante entre em contato com a superfície do artigo, tornando o procedimento ineficaz.
Para a realização da descontaminação e limpeza dos materiais, recomenda-se adotar as seguintes medidas:
. os procedimentos só devem ser feitos por profissionais devidamente
capacitados e em local apropriado (expurgo);
. sempre utilizar sapatos fechados, para prevenir a contaminação
por respingos;
. quando do manuseio de artigos sujos, estar devidamente paramentado com equipamentos de proteção: avental impermeável, luvas de borracha antiderrapantes e de cano longo,óculos de proteção e máscara ou protetor facial;
. utilizar escovas de cerdas macias, evitando a aplicação de materiais abrasivos, como palhas de aço e sapólio;
. as pinças devem estar abertas quando de sua imersão na solução;
. desconectar os componentes acoplados, para uma efetiva limpeza;
. enxaguar os materiais em água corrente potável;
. secar os materiais com tecido absorvente limpo, atentando para
o resultado da limpeza, principalmente nas ranhuras das pinças;
. armazenar o material ou encaminhá-lo para desinfecção ou esterilização.

Desinfecção é o processo de destruição de microrganismos em estado vegetativo (com exceção das formas esporuladas, resistentes ao processo) utilizando-se agentes físicos ou químicos. O termo desinfecção é aplicado tanto no caso de artigos quanto de superfíciesambientais.
A desinfecção pode ser de:
. alto nível: quando há eliminação de todos os microrganismos e de alguns esporos bacterianos;
. nível intermediário ou médio: quando há eliminação de micobactérias (bacilo da tuberculose), bactérias na forma vegetativa, muitos vírus e fungos, porém não de esporos;
. baixo nível: quando há eliminação de bactérias e alguns fungos e vírus, porém sem destruição de micobactérias nem de esporos.
Os processos físicos de desinfecção são a pasteurização e a água em ebulição ou fervura. A pasteurização é uma desinfecção realizada em lavadoras automáticas, com exposição do artigo em água a temperaturas de aproximadamente 60 a 90 graus centígrados por 10 a 30 minutos, conforme a instrução do fabricante. É indicada para a desinfecção de circuitos de respiradores.
A água em ebulição ou fervura é utilizada para desinfecção de alto nível em artigos termorresistentes. Consiste em imergir totalmente o material em água fervente, com tempo de exposição de 30 minutos, após o que o material é retirado com o auxílio de pinça desinfetada e luvas de amianto de cano longo. Em seguida, deve ser seco e guardado em recipiente limpo ou desinfetado . ressalve-se que esse procedimento
é indicado apenas nas situações em que não se disponha de outros métodos
físicos ou químicos.
A desinfecção de artigos hospitalares por processo químico é feita por meio de imersão em soluções germicidas. Para garantir a eficácia da ação faz-se necessário: que o artigo esteja bem limpo, pois a presença de matéria orgânica reduz ou inativa a ação do desinfetante; que esteja seco, para não alterar a concentração do desinfetante; que esteja totalmente imerso na solução, sem a presença de bolhas de ar; que o tempo de exposição recomendado seja respeitado;
que durante o processo o recipiente seja mantido tampado e o produto esteja dentro do prazo de validade. 
 
Esterilização é o processo utilizado para destruir todas as formas de vida microbiana, por meio do uso de agentes físicos (vapor saturado sobre pressão . autoclave e vapor seco . estufa) e químicos (óxido de etileno, plasma de peróxido de hidrogênio, formaldeído,glutaraldeído e ácido peracético).
A esterilização pelo vapor saturado sob pressão é realizada em autoclave, que conjuga calor, umidade, tempo e pressão para destruir os microrganismos. Nela podem ser esterilizados artigos de superfície como instrumentais, baldes e bacias e artigos de espessura como campos cirúrgicos, aventais e compressas, e artigos críticos e semicríticos termorresistentes e líquidos.
Na estufa, o calor é produzido por resistências elétricas e propaga-se lentamente, de maneira que o processo é moroso e exige altas temperaturas - vários autores indicam a esterilização por esse método apenas quando haja impossibilidade de submeter o material à autoclavação, como no caso de pós e óleos.
O material a ser processado em estufa deve ser acondicionado em caixas metálicas e recipientes de vidro refratário..
O quadro a seguir apresenta os principais desinfetantes químicos utilizados em artigos hospitalares, e os principais esterilizantes químicos:




Fonte: BRASIL, Ministério da Saúde. Manual de controle de infecção hospitalar. Brasília: Centro de Documentação do Ministério da Saúde, 1985.
PADOVEZE, MC; DEL MONTE, MCC. Limpeza e desinfecção de artigos. In: APECIH - Limpeza, desinfecção de artigos e áreas hospitalares e antissepsia, 1999
ARAÚJO, EMPA. Infecção da corrente sangüínea. In: LEVY, CE (coord.) - Manual de Microbiologia Clínica aplicada ao controle de infecção hospitalar. São Paulo: APECIH, 1998.
DEL MONTE, MCC. Processos físicos. In:RODRIGUES, E. Infecções hospitalares: prevenção e controle. São Paulo: Sarvier,1997, p. 404-20.

Fonte de infecção relacionada a artigos hospitalares

Denominam-se artigos hospitalares os materiais empregados com o objetivo de prevenir danos à saúde das pessoas ou de restabelecê-la, necessários aos cuidados dispensados. Eles têm grande variedade e as mais diversas finalidades, podendo ser descartáveis ou permanentes,e esterilizáveis ou não.
A equipe de enfermagem tem importante papel na manutenção dos artigos hospitalares de sua unidade de trabalho, seja em ambulatórios, unidades básicas ou outros setores em que esteja atuando. Para sua previsão e provisão, deve-se levar em consideração as necessidades de consumo, as condições de armazenamento, a validade dos produtos e o prazo de esteriliza-ção. Os artigos permanentes devem ter seu uso assegurado pela limpeza,desinfecção, descontaminação e esterilização.
Classificação de artigos hospitalares
Os artigos utilizados nos serviços de saúde são classificados em três categorias, conforme o grau de risco de provocar infecção nos pacientes.

Fonte : PADOVEZE, MC; DEL MONTE, MCC. Limpeza e desinfecção de artigos. In: APECIH - Limpeza, desinfecção de artigos e áreas hospitalares e antissepsia, 1999, p. 4-26.

Classificação das áreas hospitalares


A freqüência da limpeza varia de acordo com as áreas do hospital. Da mesma maneira que os artigos, as áreas hospitalares também foram classificadas de acordo com os riscos de infecção que possam oferecer aos pacientes:
Fonte:BRASIL, Ministério da Saúde. Manual de controle de infecção hospitalar. Brasília: Centro de Documentação do Ministério da Saúde, 1985.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Fonte de infecção relacionada à equipe de saúde

A equipe de saúde tem importante papel na cadeia de transmissão da infecção hospitalar ou domiciliar. As práticas adotadas para sua prevenção visam controlar a propagação de microrganismos que habitam o ambiente hospitalar e diminuir os riscos do paciente vir a adquirir uma infecção.
Por outro lado, tanto as medidas gerais como as específicas de prevenção e controle de infecção implantadas na instituição também direcionam-se para proteger o próprio trabalhador que ali desempenha sua função, quer seja prestando assistência direta ao paciente, como no caso do auxiliar de enfermagem ou do enfermeiro, quer seja indiretamente, como o funcionário da higiene hospitalar, da lavanderia ou da nutrição e dietética.
Toda a equipe de saúde tem responsabilidade com relação à prevenção da infecção hospitalar, devendo fazer correto uso das técnicas assépticas, dos equipamentos de proteção individual (EPI) e ou coletivo (EPC), quando necessário. Por sua vez, o empregador tem a responsabilidade de disponibilizar os recursos necessários à efetivação desses cuidados.
A prevenção e o controle da infecção fundamentam-se nos princípios de assepsia, mediante a utilização de medidas para impedir a penetração de microrganismos (contaminação) em local onde não estejam presentes.
As técnicas de assepsia devem ser utilizadas por todos os profissionais de saúde em todos os procedimentos, e são agrupadas sob a denominação de assepsia médica e cirúrgica. A primeira, refere-se às medidas adotadas para reduzir o número de microrganismos e evitar sua disseminação; a segunda, para impedir a contaminação de uma área ou objeto estéril.
As medidas que visam reduzir e prevenir o crescimento de microrganismos em tecidos vivos são denominadas antissepsia.
A adesão da equipe às medidas gerais de prevenção e controle de infecção ainda dependem da conscientização e mudança de hábitos dos profissionais. Entretanto, sua adoção implica a realização de atos simples e de fácil execução, tais como:
. lavar sempre as mãos antes de realizar qualquer procedimento -
um dos mais importantes meios para prevenir a infecção cruzada;
. manter os cabelos longos presos durante o trabalho, pois quando soltos acumulam sujidades, poeira e microrganismos, favorecendo a contaminação do paciente e do próprio profissional;
. manter as unhas curtas e aparadas, pois as longas facilitam o acúmulo de sujidades e microrganismos;
. evitar o uso de jóias e bijuterias, como anéis, pulseiras e demais adornos, que podem constituir-se em possíveis fontes de infecção pela facilidade de albergarem microrganismos em seus sulcos e reentrâncias, bem como na pele subjacente;
. não encostar ou sentar-se em superfícies com potencial de contaminação, como macas e camas de pacientes, pois isto favorece a disseminação de microrganismos.

Fonte : BRASIL, Ministério da Saúde. Manual de controle de infecção hospitalar. Brasília:
Centro de Documentação do Ministério da Saúde, 1985.